terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Natal




Faz-me confusão como o Natal é completamente dominado pelas marcas. Todas as crianças pedem exactamente o mesmo. Tenho a sensação que as marcas antes do Natal enviam criançinhas cheias de estilo com os produtos para fazer inveja. Ou então as professoras recebem umas viagens por fora tipo industria farmacêutica. Já estou a ver os tpc: "Meninos amanhã quero uma composição sobre as diferenças do Pro Evolution Soccer 2008 e o 2009." Ou então fazem referências subtis às marcas:

- "Professora, esta conta é muito dificil..."

- "impossible is nothing Joãozinho"


Este ano a Hello Kitty (não sei se é assim que se escreve) dominou completamente o Natal. E atenção que esta marca não é comunicada há muito tempo. Simplesmente ficou escondida no subconsciente dos pais durante anos até terem os próprios filhos. E depois... depois é ver cor de rosa por todo o lado. Cuecas, mp3, telemóveis, saleiros, computadores, palitos, papel higiénico, etc.

Bom mas o que é certo é que todos gostamos de receber presentes no Natal.
Como diz a minha prima Mariana de 6 anos:

"No Natal o mais importante é a família. Mas as prendas também são muita fixes!"

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Legins


É sem dúvida uma das poucas coisas que sobreviveram aos anos 80. Não há nenhum homem que não fique a babar quando vê uma mulher com legins. Pretas de preferência. Milhões de euros gastos em operações plásticas quando às vezes basta um par de legins para uma mulher parar o trânsito. Não sei que milagre é que aquilo faz mas o que é certo é que os homens das obras duplicaram as pausas da javardice à conta de um par de calças pretos e justos. Mas quem diz os homens das obras diz os outros todos. Há uns tempos falei na quebra de produção causada pelo reply all dos emails. Com legins à mistura nos corredores de uma empresa não há negócio que aguente. Não há dúvida que hoje em dia as mulheres estão em vantagem. O reply all não existe. Há muito tempo que o anteciparam e criaram as idas conjuntas à casa de banho. E basta um par de calças de ginástica, que é vê-las numa correria desenfreada a subir na carreira por ali acima. (falo claro das que são promovidas sem qualquer mérito profissional.)
Bem mas de qualquer forma parece que estão para ficar, o que a mim me parece muito bem. Até as séries futuristas dos anos 70 as faziam anunciar. Mas no que toca aos homens de legins dessas previsões startrekianas, espero que sejam como as da metereologia.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Expressões portuguesas que deviam ser adoptadas pela lingua inglesa.

Break the dishes! - Partir a loiça!

Go there go.. - Vai lá vai..

What you want I know.. - O que tu queres sei eu...

You are here you are there. - Tás aqui tás ali.

Rely on the virgin and don´t run. - Fia- te na virgem e não corras...

To a given horse you don´t look at the teeth. - A cavalo dado não se olha o dente.

You take a head like Sodre Peer, you stay 15 days burping pomade. - Levas uma cabeçada à Cais do Sodré, ficas 15 dias a arrotar a brilhantina.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Jejum

Tive que ficar sem comer o dia todo. 7 horas vá. Mas parce um dia inteiro.

Deve ser das piores coisas que existe, se é que não é a pior. Não comer tira-nos a vontade de fazer tudo o resto. Para não falar de que nos deixa com o humor um bocadinho menos suportável do que o que é habitual. Se calhar é por isso que nos países onde a religião obriga a longos jejuns as coisas não são lá muito pacíficas. Se calhar se comessem uma sopinha já não lhes apetecesse rebentar com um carro de um qualquer estrangeiro que acabou de sair do Mac feliz por ter acabado a colecção de apitos inaudíveis do Happy Meal. Estrangeiro que só pensa em encher a barriga.

De um lado do mundo estão os que têm o que comer, comem demais e querem o dos outros para poderem comer ainda mais. Do outro lado estão os que não querem comer e ficam chateados porque os outros querem comer o que eles não comem. Se calhar se uns comessem menos e os outros começassem a comer, sobrava tempo para pensar nos que não comem porque não podem.

(meio confuso não?)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Reply all

É provavelmente o maior fenómeno causador da falta de produtividade de qualquer empresa. com um mail, um pequeno mail, é possível causar quebras de produção em todas as áreas de negócio do país. Sempre que é preciso combinar alguma coisa é óbvio que se recorre ao email para falar com todos de uma vez sem gastar um tostão. O que acontece é que uma vez lançado o primeiro email inicia-se uma enchurrada de confirmações, e como é normal queremos sempre fazer questão de mostrar a todos que sim, vamos. o exemplo do convite normalmente não é muito perigoso, pode haver algumas dezenas de emails de confirmações e possivelmente uns 30 de desvios de conversa do tipo:

1. vou. mas chego atrasado.

2. eu também vou. chegas atrasado porquê.

1. tenho coisas para fazer.

2. és sempre a mesma coisa

3. eu também vou. deves ter muita coisa para fazer...

1. pois tenho.

2. deves ter...


Bom, e por aí vai. Mas o pior, o pesadelo de qualquer pobre coitado que tenha muito para fazer no trabalho, é a bola. Se alguém responde a um email de provocação a falar mal do benfica no fim de semana, acabou-se. Não há mais trabalho para ninguém. O país pára. Cá para mim, o verdadeiro causador da crise não é a especulação, é o reply all.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Noites cliché

No fim de semana estive numa festa de aniversário de um amigo. em vez da tradicional jantarada, bairro e dancing numa qualquer discoteca fomos para a praia. amigos, fogueira, copos e guitarrada. o clássico anúncio da super bock. ou da sagres não sei... são todos iguais. mas a verdade é que aquelas noites que são cliché na televisão na verdade não o são. porque ninguém as faz. ou porque não têm paciência ou porque acham que é cliché. diverti-me mais do que se tivesse ido ao jantar, ao bairro e à qualquer discoteca. que é na verdade o verdadeiro cliché. por isso se quiserem divertir-se e estão fartos das mesmas noites fica o conselho: façam como na publicidade. hoje em dia o diferente é ser cliché.

ps: em caso de fogueira na praia, se a polícia aparecer, digam que é para a super bock. ou para sagres. vai dar ao mesmo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Experiência.

Experimentei escrever exactamente o que pensei num curto espaço de tempo. Eis o resultado:

Escrevo o que penso agora imediatamente. Tenho trabalho para pensar. Penso se mudo de música. Acho que nunca ouvi esta. Ele está ali a pensar. No trabalho ou em ir embora. Eu penso que tenho de trabalhar. Mas só até me ligarem. Quando me ligarem vou-me embora. Supostamente demorava só meia hora. Demora sempre muito mais. Acho que faz de propósito. Vou só beber uma imperial. Estou cheio de sono. Mas são os anos dele. Esta também ainda não ouvi. Gosto destas músicas antigas. Tenho trabalho para pensar e estou a pensar no que estou a escrever. Será que alguém iria gostar do que escrevo neste momento? Porque é que me preocupo com isso? Será que eles já pensaram alguma coisa de jeito. Ele continua a pensar. No trabalho. Acho que sim. Também já ia embora. Se não estivesse à espera já tinha ido. Gosto desta música. Tenho trabalho para pensar.

Atenção: Não estou maluco, foi só uma experiência.

Já foi melhor.

Já repararam que quase tudo (e atenção que não querendo ferir susceptibilidades a ninguém digo "quase tudo") o que conhecemos, já foi melhor. Aquele restaurante onde se come aquela sopa de peixe? Já foi melhor. Aquela praia que não tinha ninguém? Já foi melhor. A série de tv que dava às segundas e agora dá aos Sábados? Já foi melhor. O Benfica? Já foi bem melhor. Resumindo, isto do já foi melhor é uma defesa simples das pessoas não comprometerem o seu critério. Se alguém pedir uma sugestão de restaurante e depois disser que não gostou nada, podemos sempre responder: Já foi melhor. É 97% eficaz e nunca nos deixa ficar mal. No outro dia um amigo disse que leu este blog. não gostou muito. Ao que eu respondi: Já foi melhor. E como não existem regras sem excepção ele respondeu de novo: não foi não...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Simpatia americana

Em época de eleições nos EUA o mundo inteiro está de olhos postos na escolha do povo americano. ao que parece, as últimas não foram muito inteligentes. as sondagens indicam que Obama e McCain estão empatados. ora para qualquer pessoa com um QI minimamente aceitável diria que é impensável considerar a vitória do candidato republicano. mas não é assim tão estúpido. na verdade o povo americano que pretende votar em McCain está com Obama e é por isso mesmo que não o querem deixar ganhar. porquê? porque quando surge alguém disposto a mudar o rumo das coisas, esse alguém torna-se uma espinha na garganta daqueles que passam a vida a encher a carteira com a burrice dos outros. e o que é que acontece? acontece mais um JFK. neste caso acontece um BO. e para que isto não aconteça e porque os americanos gostam de Obama não vão votar nele. a não ser que o Jack Bauer faça mais umas 4 temporadas.

Festas...

Quem é que não gosta de uma boa festa. amigos reunidos para comemorar um acontecimento ou uma data que lhes é comum. aniversários, casamentos, despedidas de tudo e mais alguma coisa, etc. tenho reparado e até sentido na pele um fenómeno que, posso e se calhar até estou mesmo enganado, é relativamente recente. reuniões de amigos em que o divertimento é ver fotos de festas anteriores. tudo culpa das máquinas digitais. noutros tempos, as outras festas podiam chegar a ser motivo de conversa durante mas não era coisa que durasse muito tempo. agora se for preciso ficamos 3 horas a ver as 4593 fotografias da festa anterior. no aniversário do fulano tal vemos as fotografias do ano anterior, no reencontro da turma de 86 vemos as fotos do último reencontro. e com os cartões de 400 GB a coisa normalmente perlonga-se por muito tempo. se não tivermos cuidado, nas próximas festas vamos ver fotografias do pessoal a ver fotografias. "lembras-te quando estávamos a ver aquela fotografia e tu disseste que ficas sempre mal e eu disse que tu dizias sempre isso e que até tinhas ficado bem só para não ficares amuado?"

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Lixo

pode parecer estranho mas ainda há pouco dei por mim a olhar para um caixote do lixo e vi algo que me deixou um bocadinho chateado. já lá vão uns bons aninhos desde que se fez a primeira fusão de sabores de produtos diferentes. até aqui nada de novo. mas este, pelo menos eu nunca tinha visto. um pacote de batatas fritas com sabor a picanha. não é um bocadinho demais? já é difícil arranjar uma picanha como deve de ser, não estão com certeza à espera que a vamos encontrar sob a forma de uma batata. há coisas que que só fazem sentido juntas, se estiverem separadas. vou deixar de olhar para o lixo. só se encontra porcaria.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O fim do mundo???

Andam a fazer experiências com protões. Diz que há um anel de 27 Km, 100 metros debaixo da terra onde uma catrefada de cientistas começaram a fazer experiências. O objectivo é recriar os acontecimentos que se deram há milhões de anos atrás. Mais precisamente o Big Bang. Mais precisamente ainda, os acontecimentos que se seguiram instantes depois do Big Bang. Como se formou o Universo. Espero é que não exagerem, não me dava jeito nenhum não saber o resultado do jogo de hoje da selecção. Era mesmo importante ganharmos em casa. Até porque se o Queirós não nos levar ao Mundial, não vai ser preciso montar nenhum anel de não sei quantos Km para saber como foi o Big Bang. Ou isso ou o Benfica ser Campeão.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Cozinha emocional

Comer agora é diferente. Alguns senhores resolveram acabar com aquela coisa estupida de que comer é para matar a fome. E a verdade é que de certa forma eu concordo com eles. Eu gosto de comer. Muito. Mas o meu gosto de comer é diferente do destes senhores. Eu gosto de comer alarvemente umas gambas à guilho, umas costoletas de borrego panadas, uma refinada massa com atum, etc. Estes senhores não vão pelo caminho alarve. Vão pelo caminho mais emocional, de experiência, de aventura (se é que comer pode ser uma aventura). Deconstroem a cozinha tradicional e transformam-na muitas vezes sem sequer alterarem grande coisa a nivel de condimentos. Por exemplo, se visse num qualquer menu de um qualquer restaurante algo tão simples como: meloa. O mais provável é nem sequer pensar em comê-la. Meloa posso comer em casa escolhida por mim. Mas se no menu estiver escrito: sopa de meloa. Dá que pensar. Começamos a imaginar como será. Quente? Salgada? Boa? Acabamos a comer uma deliciosa meloa como se fosse uma sopa. Fria. Docinha. É incrível como o simples facto de mudar o nome de um alimento que costumamos comer no fim para um que comemos no ínicio torna-o mais especial, mais saboroso, mais emocional. Mais caro. Mas o que é verdade é que funciona.

É claro que existem os verdadeiros génios que criam pratos realmente diferentes, saborosos e que nos proporcionam verdadeiras aventuras gastronómicas. Mas andam aí verdadeiros génios da literatura de cozinha.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Agosto

Em Portugal se existe um mês das férias, esse mês é Agosto. Mais precisamente a primeira quinzena. Todo o Portugal vai de férias na primeira quinzena. É o stress das férias. Stress para arranjar casa, para ir até lá (o lá é na grande maioria o Algarve), para arranjar um lugar na praia, para sair à noite. Stress para tudo. E o pior é que as pessoas sabem isso e continuam a tirar férias em Agosto. Mesmo aqueles que dizem que preferem trabalhar nesta altura, mais cedo ou mais tarde são sugados pelo sindrome do mês de Agosto. Eu sofro um bocadinho deste problema nacional, mas estou a curar-me. Nos últimos anos tenho ido no fim de Agosto e no principio de Setembro. Só para ter um bocadinho daquele stress de Agosto. Só aquele "não há dinheiro no multibanco ao fim de semana". Acho que por mais que queiramos ter alguma tranquilidade nas férias, todos temos necessidade de ver pessoas, de stressar com pessoas. Nem que seja stressar com o stress dos outros. Estou ansioso para ir stressar.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Ilusões

Imaginem que estão numa festa. Num aniversário de um amigo, numa despedidade de solteiro, num regresso de um amigo que esteve fora. A festa está correr lindamente até ao momento em que se ouve a campainha. É a polícia. Três mais precisamente. Fardados, de algemas, cacetete e tudo o que têm direito. O que é que acontece? Todos pensam imediatamente que a festa vai acabar.
Agora imaginem que esses três agentes da autoridade com as algemas, o cacetete e tudo o resto, são mulheres. O que é que acontece? Todos pensam imediatamente que a festa vai começar. Ilusões.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O que deixamos para o fim.

O lado do bollycao que não tem chocolate na ponta.
O meio do pão de ló.
O chouriço no arroz de pato.
O fim do corneto de chocolate (esta é um bocado forçada eu sei).
Aquela peça de roupa para a última noite das férias.
Qualquer coisa que envolva ir comprar bilhetes de um espectáculo que queremos muito ver.
As prendas de Natal.
O IRS.
Estudar para os exames.
Pensar a coisa certa a dizer depois de dizer a errada.
Dar os parabéns a quem queremos dar mas não queremos assim tanto.
E por ai vai...

Sexta-feira

É provavelmente o melhor dia da semana para todos. A não ser que trabalhem ao fim de semana. Na verdade a sexta não existe na cabeça das pessoas. Quando pensamos em sexta feira pensamos automáticamente em Sábado. Passamos a semana a pensar num dia e quando esse dia chega, não pensamos nele. Pensamos no dia seguinte.
Sexta feira é dia de conversa sobre o euro milhões. Entre amigos, família, colegas de trabalho. É sempre igual. "deixava de trabalhar, mandava o meu chefe para o /(#%#"#, ia viajar pelo mundo todo e levava todos os meus amigos, comprava logo uma casa e 29 carros, etc" enfim, sempre a mesma converseta. Para depois nos lembrarmos que não jogámos. E depois combinamos fazer apostas em grupo na semana a seguir. Há quem jogue todas as semanas, há quem jogue de vez em quando, há quem "para a semana vou começar a jogar".
Se trabalhassem mais mas é! Em vez de passarem o tempo a pensar no dia em que vão mandar o chefe para o %&"#%#%.
Nunca mais é Sábado...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Criatividade à séria

Isto que vou escrever de seguida pode ser a coisa mais estúpida que escrevi até hoje.
Cá vai. Hoje apercebi-me que a pessoa, ou a coisa, mais criativa do planeta é completamente ignorada, desprezada, indesejada e até odiada. No entanto todos os dias nos brinda com algo diferente, não necessariamente novo, mas diferente. Sempre diferente. Como disse Karl Gustav Jung, para criar algo novo basta pegar em construções existentes, desconstruí-las e voltar a juntá-las de forma diferente. Ora do que é que eu estou a falar? O que é que todos os dias nos brinda com uma criação que nunca, mas mesmo nunca, é igual?

O Cócó.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

zapping musical

Antigamente com as cassetes não havia grandes hipóteses. Numa viagem de uma hora ouviamos um album todo de seguida e mais nada. É claro que havia os habilidosos que conseguiam saltar músicas com o botão do forward ou, se estivesse estragado com a bela da caneta. O pessoal sabia as letras todas e não sabia os nomes das músicas. Agora com ipods é dificil ouvir uma música até ao fim quanto mais decorá-la. Bem, mas pelo menos sabemos os nomes das músicas todas.
Se dantes numa festa éramos capazes de ouvir um cd até vomitar a banda que estávamos a ouvir, agora, é uma guerra de zapping musical que nunca acaba. O antigo encarregado de levar cd´s, o dj, agora são todos. Fazem fila para mudar de música e mostrar a sua discoteca de bolso.
Eu tenho música que não oiço normalmente. Mas se for a uma festa, faço questão de mostrar que tenho. Eu e todos os que estiverem na festa.

Há vantagens e desvantagens. Se por um lado agora temos mais cultura musical, por outro nunca chegamos a conhecer o fim da faixa três do último álbum dos "I have a rock band as well as the rest of the world."

Ouvir música tornou-se um nadinha menos emocional. Mas não deixamos de ter aquela tal música que nos faz recordar as férias de Verão. Ainda que sem sabermos como acaba.

Por outro lado ainda, tudo o que disse antes pode não passar de um divaganço sem qualquer sentido para ninguém. I have a blog as well as the rest of the world.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Irrita mas resulta.

Estava eu enfiado num provador de roupa de uma loja que estava com uns bons 45 graus de temperatura ambiente a experimentar uma peça de roupa cheia de estilo quando oiço uma conversa que já todos ouviram. Ou melhor que já todos protagonizaram ou se não, as vossas mães protagonizaram por vocês de certeza:
(nota que estamos em época de saldos)

mulher irritante- Então e não faz um descontozinho?

logista- Mas minha senhora, já está com o preço de saldos...

MI- Então e não faz um descontozinho?

L- A senhora quer um desconto de uma peça que está com 50% de desconto?

MI- Então e não faz um descontozinho? Venho cá tantas vezes (clássica)

L- Desculpe minha senhora mas não estou autorizado. São 30 euros por favor.

MI- Então e não faz um descontozinho. Não custa nada.

L- Pronto... fica em 29 e meio!

A mulher paga toda contente, pisca o olho ao rapaz como se ele tivesse feito algo que não faz a mais ninguém e vai-se embora.

Eu dirijo-me para o balcão a transpirar, tanto do calor como da conversa da mulher mais persistente do mundo. O logista diz:

L- São 30 euros .

Eu- então e não faz um descontozinho?

L- Mas já está com o preço de saldos...

Paguei e vim-me embora. O resto da conversa é só para profissionais.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sente-se

quem anda de transportes públicos de certeza que já se deparou com a situação do "velhinho que não tem lugar.". como é óbvio concordo que se deve lugar aos mais velhos , às grávidas, às mães com crianças pequenas, etc. mas existe uma situação em particular que me deixa um bocadinho confuso e que já me aconteceu várias vezes. que é quando uma pessoa de idade se coloca de pé mesmo ao meu lado e eu me levanto para dar o lugar. até aqui tudo bem. as outras pessoas pensam: "já não se vêem muitos assim". o que me confunde é quando essa pessoa diz que não se quer sentar "deixa-te estar, eu não preciso!". aqui começa a moral a ir por água abaixo. as outras pessoas pensam: "aquele jovem é mais fraquinho que um velho de 118 anos de idade." depois de recusar a primeira vez vem sempre a insistência. e a moral cada vez mais lá em baixo. levanto-me e agora vem o pior de tudo: o velhote empurra-me para baixo. como é óbvio, não resisto e sento-me. as pessoas pensam: "ahahahahahahaahahah".
esta é só uma das muitas situações que se passam nos transportes públicos.
eu acho que devia haver autocarros só para jovens. sem lugares sentados. porque nós não precisamos.

terça-feira, 8 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Filme

No outro dia vi um filme brasileiro. Cidade Baixa. A crítica era boa.
Que lição retirei do filme? Nem sempre a crítica é boa...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A guerra é necessária à paz

A Guerra é uma disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados. Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade e pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Esta é provavelmente a maior prova de que os opostos se atraem. Mas neste caso a culpa é do Homem, corrijo, da ganância do Homem.
Se fôssemos como o resto das espécies que co-habitam connosco teríamos aquilo a que se chama paz, ainda que não fosse absoluta. Porque também os animais entram em disputa para assegurar a sobrevivência dos seus.
Desde o princípio que o homem sentiu necessidade de obter mais do que aquilo que precisa para sobreviver. O que obviamente tem os seus prós e os seus contras. A constante sede de conquista leva ao inevitável choque entre dois grupos. É claro que esse choque, esse conflito, poderia sempre ser resolvido através do diálogo, mas para o Homem, corrijo, para a ganância do Homem, é bem mais simples enveredar pela violência. A guerra é mais fácil de fazer do que a paz. Isto sem falar que a guerra dá dinheiro (lá está a ganância outra vez). E chegámos ao tal “querer mais do que precisa”.
Dinheiro. A razão pela qual se faz a guerra. E também pela qual se procura a paz. E provavelmente também será a razão pela qual nunca haverá a tal “paz quase absoluta”.
A guerra só é necessária à paz porque o Homem é racional e quer sempre mais, mais e mais. Quando existe paz, procuramos a guerra e quando estamos em guerra procuramos a paz. Só os mortos conhecem o fim da guerra. Acho que seja em que situação fôr, numa sociedade ideal, a guerra nunca seria necessária à paz. Mas como também acho que não é possível criar uma sociedade perfeita, para resolver conflitos onde haja atentados à liberdade dos indivíduos, prefiro dizer que a guerra é conveniente à paz. Mas só se não houver dinheiro à mistura. Bolas, isso é impossível…

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Isto não é fácil...

já lá vão uns dias desde que escrevi o último post. provavelmente o suficiente para que algumas centenas de pessoas tenham desistido de aqui entrar. manter um blog não é nada fácil. torna-se como uma relação de marido e mulher. no principio é tudo muito bonito, estamos sempre cá. a debitar posts com todo o amor e carinho. depois, depois vem a traição. www.leolisboa.blogspot.com. mas acho que é possível manter uma relação a três. só é preciso um bocadinho de tempo. tempo e assunto. que no meu caso, confesso que não tenho muito jeito para puxar conversa. nada que duas ou três imperiais não resolvam.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

trashin

no outro dia revi um filme daqueles que quando éramos mais novos víamos todas as semanas se fosse preciso. quem gosta de skate provavelmete viu este filme. a fórmula é fácil, romeu e julieta misturado com o dia a dia de jovens rebeldes que se dividiam em duas partes. os betinhos e os bad boys. junta-se várias cenas de skate decentes e lá pelo meio está uma história manhosa recheada de clichés e representações duvidosas. o que é facto é que vibrei, mais uma vez. se puderem revejam ou vejam. é um mix de revival para uns e uma comédia para outros. o próximo a rever poderá ser o ruptura explosiva. keanu reeves no seu melhor!

sábado, 3 de maio de 2008

queres ser meu amigo?

os sites de "amigos" estão na moda. hi5, facebook, orkut, pornomates (não... este não existe. apaga lá isso do google). todos temos uma página num desses sites. eu tenho. eu pessoalmente acho graça à forma como as pessoas se revelam ao mundo. existem os mentirosos, os que que dizem tudo mas não dizem nada, os do batimento, os tristes, as supresas. do nada descobrimos que aquela amiga de infância que não abria a boca tem fotos de tigreza a fazer a dança do varão e a dizer que está à procura de tudo o que lhe aparecer à frente. ou não. nesses sites é tudo amigo. o ze do talho quer ser teu amigo, aceitas? aceito porque não?! digamos que o conceito de amizade ficou um bocadinho muito grande diminuido. a maior parte das pessoas, se calhar estou errado, se encontrar um amigo que não vê há anos nesses sites limita-se a adicioná-lo e pronto. é como se o víssemos na rua, do outro lado da estrada e gritássemos um para o outro:
- ohhh, ainda és meu amigo?
- sou!
- tá-se bem!

bem mas é verdade é que o pessoal gosta e é uma maneira de manter contacto. ou não.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

obrigado represas!

assim como a maioria dos leitores deste blog, costumo ir sempre que posso para Sagres. não sou um pioneiro mas já vou há uns aninhos. ainda cheguei a ver a _____ sem ninguém. até conheço o carlos miguel. se não conhecem é porque não são assiduos de sagres. a verdade é que de há uns anos a esta parte sagres ficou ligeiramente mais conhecida. toda a gente quer ir a sagres. não sou contra isso, mas gosto de sagres quando não tem ninguém. a semana passada chegou a salvação. chegou a forma perfeita de fazer com que sagres volte a ser o que era. e sem o uso da violência. tudo graças a um verso do último heat de Luis Represas. passo a citar: "Sagres, tu sabes." espectacular. que brilhante escolha de palavras. com três palavrinhas apenas se arruina uma carreira que já não andava propriamente a contribuir para o bom nome da música nacional. eu acho que vi o momento em que ele escreveu isto. foi no topas. lá estava ele com o seu copo na mão. a abanar-se ao som de "over the rainbow"...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

há barril?

sábado tenho uma festa. uma festa daquelas boas! para as pessoas que fazem parte do meu grupo de amigos nada do que eu vou dizer é estranho. ou seja isto não vai parecer estranho a ninguém...
sem querer diminuir a suposta principal razão porque todos vamos, a verdade é que vamos todos ao mesmo. A MÁQUINA DE IMPERIAL! uma festa com máquina de imperial. um suposto elemento secundário chega na verdade a ser o assunto antes, durante e depois da festa. tudo vai girar à volta da máquina. não interessa quem vai à festa, se vai haver música, croquetes ou até mesmo o próprio aniversariante, o importante é ela estar lá. pronta. cheia. a máquina de imperial.

"lembras-te da festa do vasco? até tinha máquina de imperial!"

"foi como na do nuno. também tinha máquina de imperial!"

e a verdade é que das outras festas não me lembro. não tinham máquina de imperial.

quinta-feira, 27 de março de 2008

casa de ferreiro...

estou a pensar fazer uma operação aojolhos. ao olho esquerdo mais precisamente. não vá a coisa correr mal, sempre fico com o direito. com os olhos não se brinca e faz-me uma certa confusão pensar que me vão tirar o olho cá para fora e brincar aos lasers na minha retina. e se o olho não volta para dentro? ficava tipo bambi para o resto da vida. e se o gajo espirra enquanto está a operar? não só fico cego como ainda me fazem um buraco na testa. bem, na verdade é que dizem que a percentagem de operações que correm mal é mínima, quase nenhuma. mas por outro lado, quando fui fazer os exames, todos os oftalmologistas que lá trabalhavam... usavam óculos!

terça-feira, 25 de março de 2008

do not disturb

mais uma vez a holanda na vanguarda do liberalismo. depois de se poder fumar charutos como quem bebe um cafezinho (trocadilho fraquinho com coffeeshop) parece que agora estão a pensar deixar o pessoal ter relações sexuais em parques públicos. mas é de referir que só se não perturbar as outras pessoas... é só levar uma mantinha e prontos! ahahahahah já estou a ver os putos de treze anos a fazerem fila. o tráfego no youtube a dar o berro ou os sinais à entrada dos parques a dizer: "be carefull. ejaculations on site!".
um casal vai muito bem pelo parque e de repente: "amor queres?... quero! trouxeste a manta?"

quarta-feira, 19 de março de 2008

a biopsia

é provavelmente a palavra mais ouvida da televisão. em todas as mil séries que existem com o tema medicina esta palavra é repetida vezes sem conta. tá com um pingo no nariz? é melhor fazer uma biopsia. tem uma nódoa negra na testa? pelo sim pelo não é melhor fazer uma biposia. é uma palavra fácil de dizer e que não sei porquê é como se fosse um néon gigante que dá imediatamente uma conotação de perigo de morte. outra coisa curiosidade, não sei se já repararam, é que existe sempre a possibilidade de ser uma doença auto-imune( que deve ser grave não sei...). mas nunca é. pelo menos é o que diz o resultado da biopsia.

terça-feira, 18 de março de 2008

o agarrado

aqueles que trabalham na área de comunicação sabem bem da importância que tem distinguir as diferentes formas de falar com os diferentes públicos. no outro dia conheci um individuo que tem a técnica perfeita para que não haja qualquer falha de comunicação. este individuo é gestor de espaços públicos em carcavelos. por outras palavras, um agarrado ao cavalo. para avisar as pessoas que tal lugar é proíbido estacionar ou que se não lhe dão uma moeda ele tratará de espetar uma agulha na testa, este individuo aborda as pessoas da seguinte forma: "Meu senhor, minha senhora, mano, nina..." ele usa todas as formas possíveis de iniciar uma conversa com uma pessoa estranha, seja ela rica ou pobre, velha ou jovem. alguma delas vai servir de certeza.
funciona. eu dei-lhe um cigarro e ouvi-o durante 5 min. fica uma dica: quando estacionarem nos parques de carcavelos, não ponham o carro em cima dos canteiros. diz que a multa é 40 vezes a metade do primeiro ordenado a contar a partir do ano de 1999 mais cinco vezes o valor da moeda que devias ter dado ao agarrado para se calar...

segunda-feira, 17 de março de 2008

LOL...

lol, loooooool, lololololololololol, LOL, LOOOOOOL.

o pior é que quando vejo isto escrito consigo imaginar a outra pessoa a rir de maneiras diferentes . ahahahahaha...

sexta-feira, 14 de março de 2008

profissões

todos temos uma. ou vamos ter uma. ou devíamos sair do sofá e arranjar uma. há para todos os gostos. há aqueles que salvam o mundo, os que se salvam de mais um mês à rasquinha, os que salvam os outros do peso de terem muito dinheiro na carteira e por fim temos os canalizadores. esses sim são os que realmente nos salvam a todos da merda que os outros fazem! qual médicos, engenheiros, cientistas! quem nos tira todos os dias da merda são os canalizadores. fica aqui a minha homenagem ... obrigado!

quinta-feira, 13 de março de 2008

eu acredito mas só às vezes.

ando muito de transportes públicos e como tal sou leitor dos jornais gratuitos. em todos existe a secção dos horóscopos. é uma forma de começar bem o dia de certeza. se o destak diz que vou estar de caganeira leio o do metro. se o do metro diz que a minha relação está a atravessar uma fase complicada leio o do global. se o do global diz... já entenderam. o truque é simples: em algum dos 300 jornais gratuitos o meu dia vai correr normalmente. se disser que vou morrer em todos simplesmente digo que não acredito em nada dessas tretas.

segunda-feira, 10 de março de 2008

the cure

gosto de concertos. não sou um agarrado a concertos mas se houver um bom, isto é, um de uma banda que eu goste, vou. fui ver the cure. a expectativa era grande. o que é que aconteceu? correspondeu! isto se apagar da memória a primeira hora de concerto. é provável que nem toda a gente concorde comigo mas eu acho que quando uma daquelas bandas que já cá anda há uma centena de anos dá um concerto, devia limitar-se a tocar os greatest hits e pronto. todos ficávamos contentes. as músicas mais recentes é como se não existissem. the cure é uma daquelas bandas do "isso não é do teu tempo!". the cure está na moda. mas só as antigas. está na moda dizer que se ouvia the cure. mesmo que esse "ouvia" seja na verdade um "agora oiço e digo que ouvia porque é cool". provavelmente até me enquadro nesse tipo de pessoas. gosto de the cure. mas só das antigas. querem fazer músicas novas? tudo bem, mas não as toquem num concerto cheio de pessoas à espera de recordarem a juventude. ou a semana passada...

sábado, 8 de março de 2008

Death Star


A Death Star virou habitação social.

sexta-feira, 7 de março de 2008

porquê?

sinceramente não sei bem o que fazer deste blog... para dizer a verdade, para mim não será mais do que um exercício de escrita. pode ser que algum dia venha a ter alguma coisa de interessante. pode ser que alguém um dia alguém leia estas palavras sem ser por engano. vai haver muito francês a vir parar aqui. para eles aqui vai um sincero "pardon". curioso isto do search na internet não é? os senhores do google mandam-nos sempre para uns sites bem mais ou menos. quero saber as origens do bacalhau à lagareiro e dou por mim a entrar em sites de conteúdo no minimo especial. e agora, a próxima vez que um francês quiser saber o que é bacalhau à lagareiro a probabilidade de ir parar a um site nada a ver aumentou. e já me desviei um bocadinho do assunto...

o primeiro post

Este é o primeiro post a la poisson!